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A mostrar mensagens de 2009

Feliz Natal para todos vós

Nos tempos que correm, fala-se muito das alterações climáticas, do fim do mundo, da extinção da humanidade, da probabilidade de tudo aquilo que conhecemos desde sempre, assim como os nossos antepassados conheceram, deixar de existir... Depois, por outro lado, tão atordoados com tanta informação e tanta preocupação, não vemos o óbvio e passamos ao lado da grande salvação e continuamos a encarar o Natal como o “aniversário” de Jesus. Esquecemo-nos que Ele não nasceu há 2000 anos, existia já desde o princípio dos tempos. Apenas habitou entre nós, fez-se mortal para materializar a obra da salvação de Deus. No Advento, não preparamos a grande festa de aniversário do Senhor, antes a Sua última vinda. Aquela para a qual temos de estar preparados se realmente o anunciado fim se aproxima, caso as políticas mundiais e os comportamentos sociais não se alterem. Em cada ano, a Igreja chama-nos a preparar esse tempo. De diferentes formas, com campanhas ou temas distintos mas com um único só propósit

O dia em que estive face a face com Deus

Nos últimos dias tem-se falado muito do novo livro do Zézito Sar ama(r)go. No fundo, não posso deixar de sentir muito mais do que pena dele. Pena por vários motivos, tantos que são dificeis de enumerar. Sinto pena, primeiro, porque é sinal de muito pouca confiança em si próprio e na sua obra usar de tal golpe de publicidade para promover o lançamento do seu livro. Então as pessoas, só pelo autor, não se sentiriam atraídas e ler? O homem pode estar senil em muita coisa, mas não no que toca a perceber que qualquer notícia que envolva a Igreja é motivo de capa de jornal, pelo menos as más notícias. Segundo, o senhor, depois de tudo o que já escreveu e das provas da sua capacidade, precisa de escrever um livro destes para relançar a carreira é? Já escreveu o suficiente para ficar na história e para viver dos rendimentos, não precisa de se sujar. Terceiro, é de uma completa miséria interior este senhor escrever sobre algo que desconhece. Algo que nunca experimentou e que o torna um dos muit

Quando um sorriso vale mais do que um beijo

Qual de nós nunca chegou a casa a pensar no bom que seria ter um sorriso à nossa espera? Há dias que nos correm muito mal... que não dá vontade de falar com ninguém, de contar a nossa história... mas um sorriso, seja do senhor da padaria, do vizinho que está a sair de casa, ou de alguém que esteja em casa a nossa espera... um sorriso sabe sempre muito bem. Há pessoas que têm uma capacidade enorme de sorrir naturalmente em qualquer ocasião. Pessoas que nos encantam, que nos fazem sentir inveja de tanta boa disposição, de tanta felicidade. Há sorrisos que nos beijam de tão quentes que são. O sorriso pode ser a mais hipócrita das recepções, pode ser o espelho invertido do real sentimento que vai dentro de nós. Há pessoas que riem quando estão nervosas ou mesmo que riem apenas para agradar alguém que os está a massacrar com assuntos completamente sem interesse. Mas o sorriso é dos gestos mais simples e mais “baratos” que podemos ter e ainda assim dos mais valiosos. Quando estamos junto ao

Festival Jota Vs ENPL? E porque não lado a lado?

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Há momentos na nossa vida em que sentimos que toda a nossa formação e experiência são postas às prova. O nosso caminho chega a uma encruzilhada e temos de escolher qual caminho seguir. Há uns tempos ouvi um jovem actor dizer que optou entre estudar o trabalho dos grandes mestres, dos grandes actores e realizadores e experimentar trabalhar com eles. Aprender deles aquilo que os livros não conseguem ensinar. Ele escolheu a segunda opção. Costumo colocar as coisas nestes termos: Estar onde se faz história e com aqueles que a escrevem e não estar à espera que as coisas aconteçam para que alguém nos conte como foi. É disso que se tem tratado a minha vida. Aos pouquinhos vou encontrando explicação para muitas coisas que me aconteceram e para muitas pessoas com quem me cruzei e a importância delas para o que faço hoje em dia. Os que se cruzam connosco deixam sempre um pouquinho de si mesmos e cabe-nos a difícil tarefa de saber onde e quando utilizar essas partilhas. Penso muitas vezes que com

A ausência daqueles que nos amam...

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Em Julho do ano passado, tendo recebido como oferta um livro de cânticos para a celebração das exéquias, gracejei com um padre amigo meu dizendo-lhe que esperava que aquele fosse o livro com mais pó na minha biblioteca... Há coisas que não acontecem por acaso e por vezes basta-nos estar atentos aos sinais. Passado um mês do dia em que recebi esse livro, faleceu o bispo emérito de Aveiro, D. Manuel de Almeida Trindade. Primeira vez em que usamos o livro, retirando dele todos os salmos e cânticos próprios da liturgia das exéquias. Era mera coincidência, mas não parecia. Poucos meses passaram e em Novembro desse mesmo ano o dia dos Fiéis Defuntos calha ao Domingo. Então toda a romaria aos cemitérios é transferida para este dia, já que apenas por conveniência as pessoas aproveitam, erradamente, o feriado de Todos os Santos para cumprir essa mesma tradição. Foi neste propósito que ocupei o meu dia participando nas três missas próprias do dia e, com cânticos e salmos próprios retirados daque

O regresso de alguém que nunca conseguiu partir...

Estava a recordar fragmentos da minha história... a reler mensagens antigas que escrevi aqui... a apagar algumas que não faz sentido continuarem a marcar a minha história e eis que encontro um post que fiz em Abril de 2006. Logo após as festas da Páscoa. Nessa época, a minha esperança andava pelas ruas da amargura, a minha fé precisava de quarentena e as minhas forças estavam a chegar ao fim. A alegria que outrora motivava todos os meus esforços em prol da música litúrgica, no apoio à participação dos jovens nas Eucaristias, ou em qualquer outra necessidade da minha paróquia, estava a esvair-se... Sem que desse conta, já não era Deus que actuava em mim, já não era a fé que me movia. Achava que precisava partir, soltar as amarras e tentar redescobrir os sentimentos originais, a força pura que outrora me tinha apaixonado por Jesus Cristo e pela sua Igreja. Mas realmente é quando somos fracos que somos fortes e basta-nos a graça de Deus. Efectivamente tive de me afastar um pouquinho, como