«Dar-me-ei a mim mesmo para vossa salvação»
Com esta frase com que apresento este texto, podia começar a escrever sobre o próprio Jesus Cristo, ou sobre qualquer um dos grandes homens do nosso passado, mas não. Esta frase faz parte do lema que D. António Baltazar Marcelino, bispo emérito de Aveiro, falecido há duas semanas, escolheu para o seu pontificado na diocese pela qual confessou nutrir um «amor irreversível e incondicional». Conheci o D. António quando tinha apenas 7 anos, pela ocasião de uma visita pastoral ao arciprestado de Aveiro, quando visitou a minha escola primária. Não me recordo do que disse, mas lembro-me da sua figura marcante, sorridente, mas portentosa e com uma presença forte e que enchia a sala toda. Voltei a cruzar-me com ele, poucos anos mais tarde, no arciprestado de Ílhavo, quando visitou a escola do ensino preparatório que eu frequentava e, desta vez, lembro-me de termos sido convidados a fazer uma pergunta ao senhor bispo e, tendo sido dos primeiros a ter oportun